Arquivo

Arquivo por Autor

ATENÇÃO

O Logística Virtual por certo período de tempo ficou fora do ar devido à alguns contratempos. Agradeço a todos que estão usando e dando opiniões. Fico feliz em poder ajudar de alguma forma. Em breve o Logística Virtual voltará com novos artigos e responderá a todos comentários.

Atenciosamente,

Amanda Duarte
avlvirtual.wordpress.com

Categorias:Sem categoria

Sete itens para melhorar a logística no e-commerce

02 de setembro de 2008, 21:41

A logística é um calo na maioria das lojas virtuais – pequenas, médias ou grandes. Deixar de entregar o pedido, enviar o produto errado ou fora do prazo é acabar o relacionamento com o cliente.

Por Ligia Dutra

Pela definição do Council of Logistics Management, ?Logística é a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes? (Carvalho, 2002, p. 31).

Ok, muito bonito. Mas será que todas as lojas virtuais conhecem e praticam com excelência este conceito? Levante a mão quem nunca comprou um produto 15 ou 20 dias antes da data planejada (e pior: para presentear) e só recebeu um mês depois? No Natal, então, nem se fala?

E este tipo de coisa ocorre apenas com lojas pequenas e inexperientes? Não! A logística é um calo na maioria das lojas virtuais, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Detalhe: deixar de entregar o pedido, enviar o produto errado ou fora do prazo é acabar o relacionamento com o cliente internauta.

Toda a operação de comércio virtual deve funcionar de forma eficiente, da estocagem à entrega, no dia e horário combinados, passando por embalagens apropriadas e muita, mas muita atenção aos detalhes.

Na internet, os consumidores não perdoam. Qualquer falha, até um e-mail não respondido de forma imediata é motivo para ficarem insatisfeitos, correrem para o concorrente num clique ou reclamarem num blog. Dali para chegar a uma porção de gente falando mal da sua empresa é um pulo. E falar mal é o que o ser humano mais adora fazer, não? Portanto o melhor caminho é não dar motivo. Seguem algumas dicas que colecionei estes anos:

1. Organize a empresa antes de começar a vender pela internet. É fundamental que TODAS as informações estejam interligadas e para isso nada melhor que um ERP (do inglês Enterprise Resource Planning = Sistemas Integrados de Gestão Empresarial).

Desenvolvedores como Datasul, Ramo Sistemas e Websoftware, oferecem soluções de ERP para pequenas empresas que custam a partir de R$ 500,00 por mês. Ah! Atente-se para os que possuem sua plataforma toda online e oferecem tudo em módulos de acordo com a necessidade de cada empresa. Um ERP via web é ótimo pois permite que você acesse os dados da sua empresa de qualquer lugar.

2. Trabalhe com o estoque do seu fornecedor. Sempre que o estoque da loja estiver precisando de mercadorias, o sistema envia um e-mail para o fornecedor. Isso é essencial ao controle do fluxo de caixa e para deixar o cliente satisfeito com os prazos.

3. Embalagem correta: nenhum cliente admite receber um produto com a embalagem aberta ou rasgada. Vale testar a embalagem em condições extremas para evitar perdas com avaria.

4. Prazo: passe ao cliente a data de entrega com uma margem de segurança, pois isso é melhor do que prometer uma data impossível de ser cumprida. ?Ah, mas meu concorrente oferece dois dias úteis no site dele?. Ótimo para ele. Lute para organizar sua empresa de forma que você consiga superar este prazo, mas enquanto isso não é possível, seja honesto com o cliente: apenas ofereça o que você consegue cumprir. Talvez num primeiro momento, tendo um prazo maior, perca algumas vendas, mas com o tempo vai ganhar os clientes daquele concorrente apressadinho porque os seus clientes sabem que podem contar com você.

5. Vale lembrar que é interessante oferecer sistemas que permitam ao consumidor acompanhar, de casa, em que fase está o atendimento de seu pedido. Isso tem nome e até tese de mestrado: administração de filas. Cliente bem informado perdoa um atraso porque sente que a empresa se preocupa com a ansiedade dele de receber o produto.

6. Escolha muito bem as empresas responsáveis pela entrega. Os correios tomam conta de 70% deste mercado, mas existem outras alternativas como a Total Express, por exemplo. Repare nos preços, pois como é o cliente que paga o frete, um preço bacana torna-se um diferencial. Procure disponibilizar todas as opções possíveis: transportadora, motoboy, Sedex, e-Sedex, PAC, entrega na loja física (se tiver)?

7. O e-commerce é campeão nos processos de troca – afinal o cliente não viu o produto antes de comprar. Natural. Por isso use e abuse da logística reversa. Busque a mercadoria na casa do cliente, não deixe que ele tenha trabalho algum, para que não se arrependa de comprar pela internet. Como cortesia, independente do motivo, não cobre o primeiro frete da troca. No site crie uma página explicando tim-tim por tim-tim como funcionam as trocas e devoluções.

A logística aplicada ao e-Commerce

Do ponto de vista conceitual, “logística é o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente e com baixo custo o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como as informações relativas a essas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender os requisitos dos clientes”.Transportando-se esse conceito para o ambiente de comércio eletrônico, imagine uma situação em que, depois de adquirir o produto desejado pela internet através de um site de e-commerce, o mesmo demore a ser entregue pelo vendedor ou, pior do que isso, ele simplesmente não seja entregue. Situações como essa, muito comuns no início das operações de e-commerce, geravam insatisfação aos clientes, comprometendo a credibilidade de alguns sites e culminando até com o encerramento das operações. Para se evitar esse tipo de risco, faz-se necessário um planejamento adequado da operação logística, considerando-se principalmente os três aspectos abaixo:

LOGÍSTICA I: Gerenciamento dos estoques

Para o sucesso da logística é importante que a informação de estoque disponível dos produtos no site de esteja plenamente alinhada com a real disponibilidade dos produtos no estoque da empresa vendedora, garantindo-se assim a entrega do produto adquirido pelo cliente.  Para tanto, faz-se necessária a integração do sistema de controle de estoque com a solução de e-commerce de maneira que não ocorram defasagens da informação. Também é importante que o sistema de controle de estoques dispare a reposição automática dos produtos a partir do alcance do estoque mínimo, acionando o ciclo de suprimentos junto aos fornecedores, conforme explicamos mais adiante. Com essas ações de logística, diminuem-se substancialmente os riscos inerentes à falta de produtos no estoque da empresa.

LOGÍSTICA II: Gerenciamento das entregas

Geralmente as funções de transporte e entrega dos produtos aos clientes são terceirizadas para empresas especializadas existentes no mercado; como exemplo, podemos citar os Correios (ECT), que operam um serviço exclusivamente voltado para as empresas de e-commerce denominado “e-Sedex”, com abrangência nacional.  Qualquer que seja o operador da logística contratado para a distribuição dos produtos, é importante que o mesmo disponibilize um “sistema de rastreamento” (tracking) que permita ao cliente acompanhar pela internet e em tempo real a localização exata do produto adquirido. Do mesmo modo, o operador logístico deve ter condições de operacionalizar a “logística reversa”, quando da devolução do produto à empresa vendedora nos casos de defeito, insatisfação do cliente com o produto adquirido ou erro de processamento do pedido.

LOGÍSTICA III: Gerenciamento do ciclo de suprimentos

Deve haver uma perfeita sincronia com os fornecedores nos ciclos de processos de suprimentos necessários para repor os estoques dos produtos vendidos pelo site de e-commerce. Essa sincronia logística pode ser obtida mais facilmente na medida a partir da informatização desses processos, gerando velocidade na troca de informações e resultando na redução de prazos e custos de aquisição dos produtos, bem como na diminuição do custo dos estoques. Na prática, sempre que o nível de estoque de determinado produto atingir a quantidade mínima, é disparado sistemicamente um pedido de compras e enviado ao fornecedor por internet ou EDI, iniciando o processo de reposição do estoque. Esse ciclo só se encerra quando o fornecedor entregar o produto ao cliente e ocorrer a atualização dos sistemas de controle de estoque e de e-commerce, para que as informações estejam alinhadas.

Concluindo, um planejamento adequado da operação logística permitirá que o produto seja entregue no menor tempo possível e com o menor custo, gerando satisfação e confiança aos clientes do site de e-commerce. A logística deve ser considerada estratégica, pois dela pode depender o sucesso ou o fracasso de um empreendimento, motivo pelo qual deve ser muito bem planejada antes mesmo do início das operações.

Paschoal Francisco Fideli

Categorias:Informação

Dicas para Reduzir os Custos Logísticos

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

A redução de custos constitui-se em um dos principais desafios do profissional de logística e é um dos principais (se não o principal) focos de tensão e estresse para diretores, gerentes e coordenadores atuantes na área.

Reduzir custos isoladamente parece ser fácil, mas a obtenção de melhores resultados econômico-financeiros paralelamente ao aumento da produtividade operacional e do nível de serviço é uma tarefa árdua e realmente complexa.

Comece mensurando corretamente os custos, separando-os em quatro classes distintas: transportes, movimentação e armazenagem de materiais, estoques e administração do pedido e serviço ao cliente (customer service). Em breve, dada a importância, também será necessário analisar à parte a logística reversa.

A seguir, faça uma análise detalhada de cada um dos componentes, conforme proposto abaixo.

Custos com Transportes

Raramente as empresas consideram os custos com transportes de matérias-primas e insumos produtivos. Normalmente esse custo está “embutido” no preço dos materiais adquiridos de Fornecedores, mas se possível, visualize-o separadamente. A partir do conhecimento desses gastos, você poderá identificar oportunidades de transporte colaborativo ou operações com frota dedicada em circuito fechado.

Os custos com a transferência e a entrega de produtos acabados são mais facilmente obtidos, a não ser nos casos em que as empresas operem com frota própria. Isso exigirá a composição dos gastos levando em conta os custos fixos e variáveis.

No caso do frete outbound, procure segregar o frete de transferência do frete de entrega. No caso deste último, procure detalhá-lo ao máximo e monitore-o sob diferentes formas: frete em relação à receita operacional líquida da empresa (ROL), frete por tonelada expedida, frete em relação ao custo logístico total, frete por pedido, etc.

Alguns questionamentos que devem ser feitos, referentes à gestão e operação da atividade de transportes:

1)    Conto com a estrutura adequada para a gestão de transportes? O pessoal tem a devida competência para a contratação e gestão dos serviços de transportes?

2)    Conto com uma adequada ferramenta para a gestão de transportes?

3)    Está claro para mim, para a minha equipe e para a minha empresa o nível de serviço adequado para os nossos Clientes?

4)    Nossos parceiros atendem adequadamente aos requerimentos de serviços desejados? Os níveis de serviços prestados estão alinhados com a realidade de mercado? Não existe necessidade de reavaliar os SLAs – Service Level Agreement?

5)    O nível de serviço é constante ou varia “perigosamente”?

6)    A sua empresa utiliza (ou contrata) o perfil adequado de veículo?

7)    A utilização da capacidade de carga do veículo é adequada? Existe controle sobre o IA – Índice de Aproveitamento?

8)    Existem oportunidades de transporte colaborativo ou sinergias com outros Embarcadores no frete-retorno? Seu parceiro logístico é capaz de identificar essas oportunidades que possam ser revertidas em redução de custos?

9)    Existe gestão sobre as não conformidades em transportes, como entregas não-realizadas, re-entregas, estadias, avarias, etc.?

10) As cargas são unitizadas de tal forma a minimizar o impacto em avarias e devoluções?

11) As devoluções são analisadas em profundidade? Outros motivos para a incidência de logística reversa também são levados em conta? As despesas com a logística reversa são analisadas separadamente?

12) Os valores pagos aos Transportadores são devidamente auditados?

13) As devoluções são analisadas e as respectivas medidas corretivas e preventivas são adotadas?

14) Outros modais são considerados na escolha da via de transporte?

15) A sua empresa monitora indicadores de custos, produtividade e serviços em transportes?

Custos com a Movimentação e Armazenagem de Materiais (MAM)

Separe os custos com MAM em quatro sub-grupos: espaço físico, equipamentos de movimentação e armazenagem, mão-de-obra operacional e administrativa e despesas diversas.

Contabilize os gastos com cada sub-grupo e monitore a evolução dos custos e a representatividade sobre o total.

Também visualize o custo de MAM sob diferentes bases comparativas, como custo por tonelada processada (recebida mais expedida), tonelada expedida, por volume, por pedido, como um % da receita operacional líquida (ROL) e como um % do custo logístico total.

Algumas recomendações importantes para aprofundamento nas operações de MAM:

1)    Avalie minuciosamente o seu processo operacional. Não existem processos redundantes? Não há tarefas que possam ser eliminadas?

2)    Você possui uma ferramenta WMS (Warehouse Management System)? Em caso positivo, as funcionalidades primárias estão sendo utilizadas?

3)    O layout operacional existente minimiza as movimentações docaà estoque e estoque à doca?

4)    A operação de cross-docking é realizada sempre que possível?

5)    Existem critérios de endereçamento priorizando volume, giro e popularidade? A atualização dos parâmetros é constante?

6)    Existe um bom aproveitamento cúbico do espaço destinado à estocagem?

7)    A verticalização dos estoques foi feita exclusivamente com porta-páletes ou foi adotado um mix de estruturas de forma a reduzir o espaço perdido com os corredores? Se você apenas utiliza porta-páletes, saiba que você está perdendo de 50% a 65% do seu espaço cúbico, ou seja, em um armazém de 100.000 m³ você está utilizando apenas 35.000 a 50.000 m³!

8)    O espaço ocupado com produtos obsoletos é representativo? Se sim elimine materiais obsoletos de seu estoque, através de descontos, maiores comissões de venda ou leilões. Se não der, jogue fora!

9)    Foi escolhido o correto sistema de separação de pedidos que produzisse o menor número de movimentações e o menor tempo por apanhe?

10) Os índices de acuracidade de inventários são superiores a 97%? É realizado o inventário cíclico ou rotativo?

11) A ocorrência de avarias ou furtos de mercadorias e de consumo do estoque é muito grande?

12) O FIFO ou FEFO é praticado? O nível de obsolescência de materiais encontra-se dentro de patamares aceitáveis?

13) Existem problemas de liderança ou de relacionamento interpessoal entre os principais colaboradores do Centro de Distribuição? O clima organizacional é positivo? O índice de turn-over e absenteísmo está sob controle?

14) A mão-de-obra está corretamente balanceada entre as diferentes atividades realizadas? Você observa constantemente um significativo número de colaboradores parados ou trabalhando em ritmo lento? Você tem tido grandes gastos com horas-extras?

15) Os equipamentos de movimentação encontram-se em bom estado de conservação? É freqüente a parada de equipamentos?

16) Tem ocorrido acidentes com afastamento com freqüência?

17) Existem indicadores de desempenho medindo a performance da operação? A equipe operacional está capacitada a identificar as ações corretivas e preventivas necessárias?

18) Existem possíveis benefícios fiscais que viabilizem a revisão da malha logística e a conseqüente localização dos Centros de Distribuição ou a utilização de estoques avançados?

Custos com Estoques

E quanto aos estoques:

1)    Existe uma política de estoque formal na sua empresa?

2)    Existem parâmetros para o ressuprimento dos estoques ou níveis mínimos e máximos?

3)    Os parâmetros foram calculados a partir de conceitos estatísticos ou definidos com base no feeling?

4)    A empresa utiliza conceitos ABC na gestão dos estoques?

5)    Lead-times são constantemente revisados e questionados?

6)    Além do controle administrativo, existe alguma ferramenta in-loco como o sistema kanban?

7)    Existe um monitoramento dos no movers e slow movers?

8)    O lançamento de novos produtos respeita o processo de phase-in / phase-out?

9)    As rupturas são freqüentes e representativas?

10) Existem indicadores para o monitoramento dos níveis de estoques?

11) A sua empresa tem trabalhado no sentido de minimizar os impactos de erros na previsão de vendas sobre o nível dos estoques?

Custos com a Gestão do Pedido e Serviço ao Cliente

Dentro da moderna visão de gestão por processos, a atividade de gestão do ciclo de vida do pedido e de serviço ao cliente passa a ser gerenciada pela área de logística.

Envolve a captação do pedido, análise e aprovação, programação (produção ou compra) e acompanhamento até a sua entrega e possível devolução (logística reversa).

Dentro das 4 classes de custos é a menos representativa, mas nem por isso deve deixar de ser monitorada.

1)    Avalie os processos burocráticos relacionados à gestão do ciclo de vida do pedido e atendimento ao Cliente. Elimine redundâncias e atividades que não agreguem valor.

2)    Trabalhe continuamente para melhorar as interfaces internas (Vendas, Marketing, Qualidade, Produção, Financeiro, Compras, etc.) e o fluxo de informação em ambos os sentidos (de dentro para fora e de fora para dentro).

3)    Questionem prazos internos para aprovação, programação, produção, preparação de pedidos e entregas. É importante trabalhar dentro de uma filosofia de melhoria contínua no tempo de ciclo de pedido.

4)    Examinem com cuidado os motivos de devolução dos produtos acabados.

5)    Avalie se a sua equipe está tecnicamente capacitada para a gestão do pedido e atendimento ao Cliente.

6)    Verifique também a ferramenta utilizada no monitoramento do ciclo do pedido e no relacionamento com o Cliente. Evite controles paralelos e procure utilizar ao máximo a solução informatizada existente.

Conclusão

A abordagem para a redução de custos, aumento de produtividade e nível de serviço em logística deve ser mais ampla e não se restringir apenas à negociação de fretes.

Ainda existe MUITO espaço para a redução de custos com base em decisões sólidas e realmente representativas!

O trabalho deve ser realizado numa perspectiva de médio prazo e deverá envolver a sua equipe toda, envolvendo ações bottom-up e top-down, portanto, comece já e não esqueça de capacitar seus colaboradores!

Categorias:Dicas Importantes Etiquetas:

Como surgem os bons profissionais de logística?

Jornal LogWeb

As empresas de todo o mundo vivem um momento desafiador, cujo cenário é caracterizado pela busca por maior competitividade, maior desenvolvimento tecnológico, maior oferta de produtos e serviços adequados às expectativas dos clientes e maior desenvolvimento e motivação de seu capital intelectual (recursos humanos).

O profissional de logística precisa ter, portanto, uma formação multidisciplinar, que inclua habilidades de negociação, visão integrada da cadeia produtiva e uso de tecnologia de informação, além de possuir raciocínio lógico e abstrato, boa gestão de rede de relacionamento, conhecimento prático sobre fluxos produtivos, fluência em diversos idiomas e espírito de equipe.

“Para superação destes desafios, algumas empresas buscam na logística o diferencial competitivo para se manterem no mercado, com isso planejam e coordenam suas ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo desde o fornecimento da matéria-prima até a certeza do perfeito atendimento ao cliente”, explica Hélio Meirim, mestre em administração e Desenvolvimento Empresarial.

Então, para o sucesso destas estratégias logísticas, o consultor julga necessário contar com profissionais qualificados e que possuam uma formação multidisciplinar.

“Conhecimentos sólidos de administração e uma visão sistêmica da empresa em sua cadeia produtiva são requisitos indispensáveis para o profissional de logística”, é o que diz Adelar Markoski, pesquisador da área de logística. Segundo ele, como o estudo e a utilização da logística no Brasil é recente, considerando a ascensão na última década, é comum encontrar, neste cargo, profissionais que migraram de atividades como gerente de materiais, PCP ou chefe de almoxarifado.

“Esta experiência é importante, mas não suficiente. Uma visão integrada da cadeia produtiva permite entender o fluxo de produtos/serviços, informações e recursos a montante e a jusante, transcendendo as fronteiras da empresa. É a atividade do profissional de logística, na concepção de logística interna, que vai permitir a inserção de sua empresa na cadeia produtiva e, conseqüentemente, colaborar para a criação da cadeia de valor”, considera.

Para Markoski, a visão de que a logística é uma importante fronteira competitiva permite que empresas agreguem valor a seus produtos por meio de serviços, contudo, independente de qual etapa da cadeia a empresa está situada, o conhecimento do consumidor é decisivo em termos de competitividade. “Desta forma, cabe ao profissional de logística dominar, também, a tecnologia disponível na troca de informações ao longo da cadeia, para a utilização de mecanismos como VMI, EDI, RF, ECR e WMS, entre outros disponíveis. Estes permitem aplicar um modelo estratégico de negócios no qual fornecedores, empresa e distribuidores agregam valor ao consumidor”, conclui.

Na opinião do consultor de empresa, Waldeck Lisboa Filho, já que a logística está passando, naturalmente, para uma fase de participação total dentro de uma organização, o profissional tem de estar integrado ao planejamento estratégico desta organização, fazendo parte de sua criação. “Vemos cada vez mais os resultados das técnicas operacionais e indicativos da logística participando de uma missão, visão, objetivos, metas, análise swot [a Swot Analysis estuda a competitividade de uma organização segundo quatro variáveis: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças], ou seja, tudo que incorpora a relação da empresa com fornecedores e clientes”, afirma.

No entanto, Lisboa Filho preocupa-se com a visão do empresário quanto à função da logística. Segundo ele, os empresários sabem da necessidade da logística, mas ainda não valorizam o profissional, principalmente na média e pequena empresa. Este acaba sendo apenas um empregado interno, que tem a obrigação de receber, armazenar e expedir mercadorias, além de fazer os devidos controles de estoque. “Nossa esperança está num crescimento proporcional: o empresário valorizando os processos logísticos e o profissional. E o profissional, por sua vez, preparando-se para o mercado”, revela.

Lisboa Filho também destaca o desnorteamento do mercado na oferta acadêmica de conceituação logística moderna na preparação de profissionais. De acordo com ele, os universitários perceberam a oportunidade logística no futuro, mas as empresas ainda não assimilaram este nível de importância.

Para ele, a visão do profissional tem de estar amplamente prolongada de acordo com o mercado, seja em estratégia ou em qualidade de operação. “O profissional de logística precisa conhecer todas as áreas e crescer em cada uma delas para consolidar a sua performance na organização”, finaliza seu ponto de vista.

O bom profissional

De acordo com o consultor Leonardo Pontual, outros pré-requisitos para a formação de um profissional de destaque na área de logística devem ser observados. São eles:

1) Raciocínio lógico para deduzir e subtender as causas de um problema;
2) Raciocínio abstrato para compreender a complexidade das variáveis e enxergar virtualmente e antecipadamente os impactos de uma ação sobre o mercado e a operação;
3) Visão sistêmica para perceber de uma forma integrada os recursos existentes na empresa e saber desenhar e entender os processos e procedimentos;
4) Relacionamento interpessoal para conversar, motivar e influenciar pessoas;
5) Conhecimentos em marketing;
6) Pró-atividade.

http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/487

Categorias:Fique Ligado

Logística Integrada em 3D

Com o aumento das empresas de TI vem surgindo um novo mercado para a computação gráfica. O que acaba acontecendo é que a grande maioria destas empresas possui negócios que ocorrem dentro de data centers, celulares, satélites e softwares, impossíveis de serem explicados pela velha fórmula “Apresentador+externa+fotografia super legal”. Foi o caso da MM Logserv que é uma empresa de Logística integrada e processos que vem atuando brilhantemente na área de logística de produtos tecnológicos.

 

Explicar um pouco sobre a MM LogServ e passar de forma mais didática possível um resumo de como funciona as operações da MM, este era o objetivo principal na produção do vídeo. Partindo para o roteiro acionei o Rudolph Vital, roteirista, músico e amigo de vários carnavais que pegou a missão de dissecar o processo da empresa. Feito o roteiro e aprovado partimos para a modelagem dos elementos de cena. Chegamos ao final com um roteiro de 3 minutos e com uma série de cenas para modelar e ainda inventamos que o vídeo tinha que ser mais ou menos em plano seqüência, sem cortes, para que passasse uma idéia de extensão maior do processo. Outra coisa que foi meio assustadora foi o fato de termos que humanizar o vídeo em alguns momentos o que acabou incluindo a modelagem e animação de alguns seres humanos meio andrógenos para falar da parte dos profissionais da empresa. Dividimos o trabalho da seguinte forma. O Bernardo ficou por conta dos humanóides, tanto da modelagem como a animação, Roberto ficou com os modelos mais técnicos (Galpões, caminhões, celulares, etc), o Fred ficou por conta de trabalhar o design das interfaces gráficas que simulariam os softwares da empresa. (Vocês não queriam que eu colocasse telas do Windows no meu vídeo né), o Toscana com a parte de animatic e finalização e a figura que vos fala ficou com o Storyboard, movimentos de câmera e pós-produção.

Categorias:Informação

TI aplicada à logística

Em um mercado mais competitivo a cada dia, como a tecnologia da informação pode auxiliar as empresas a oferecer o melhor serviço no menor espaço de tempo

Cláudia Zucare Boscoli

Publicada em 11 de maio de 2007 às 17h30

Com o mercado cada vez mais competitivo e os clientes mais exigentes, tornou-se fundamental às empresas que dependem de logística oferecer o melhor serviço no menor espaço de tempo pelo menor custo – do contrário, perdem competitividade. Os recursos tecnológicos, como softwares de SCM (Supply Chain Management), vêm facilitando o acompanhamento e a troca de informações sobre o negócio de tal forma que já é possível prever e evitar problemas em tempo hábil para não interromper a cadeia de produção. Grandes empresas de bebida, por exemplo, têm adotado softwares capazes de gerenciar a rota dos caminhões e até adiar ou adiantar entregas para horários de menor trânsito e desviar caminhos no meio do trajeto. “Graças ao business intelligence (BI), você, hoje, tem à disposição um banco de dados com indicadores críticos de todo o negócio, do pedido à entrega. Só toma a decisão errada quem quer”, avalia César Lavalle, do Instituto Coppead da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Tecnologia de armazenamento
A Ceva Logistics, antiga TNT, líder mundial em logística, foi a responsável pela renovação do centro de operações da montadora General Motors. Em quatro meses, um novo armazém de 13 mil metros quadrados foi construído próximo à planta da GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul. De lá, saem e chegam diariamente peças da linha de montagem, controladas por um sistema WMS (Warehouse Management System), batizado de WMS-Click, que usa a rádio-freqüência para ordenar os registros. “Qualquer carregamento que chega é imediatamente identificado com um código de barras que corresponde a um arquivo, no qual constam todas as informações necessárias, como número da nota fiscal, data de entrega, quantidade, procedência etc.”, explica Paulo Oppermann, gerente da Ceva, completando que o armazenamento é ordenado sempre com os produtos mais antigos à frente, para serem utilizados primeiro. De lá até a linha de montagem são 500 metros, percorridos de carreto. O WMS também avisa, com antecedência, quando os produtos estão chegando ao fim. “Num processo de manufatura complexo como este, você precisa de uma seqüência, tem de haver rastreabilidade dos produtos para que não falte nada à produção”, enfatiza. O armazém controlado pela Ceva entrou em funcionamento em setembro de 2006. De lá para cá, os resultados têm sido positivos. “Nosso indicativo é o cliente satisfeito. A GM precisava liberar espaço na planta e concentrar as peças num mesmo lugar, de forma ordenada e totalmente controlável. Foi o que fizemos”, conta. Oppermann considera que usar código de barras e sistema de gerenciamento não se trata mais de novidade, mas de uma necessidade a qualquer empresa que lida com logística. Lavalle, do Coppead, concorda, mas revela que muitos gestores não pensam assim: “Ainda há quem aja no improviso e é preciso que esta pessoa saiba que está atrás de seu tempo”. Com a intenção de minimizar a falha, ele coordena a segunda edição do Fórum Internacional de Tecnologia da Informação Aplicada à Logística & Supply Chain, dias 16 e 17 de maio na capital de São Paulo. Sua idéia é, justamente, aproximar os fornecedores de tecnologia e serviços e as empresas. “O mercado é vasto em soluções, mas há um hiato grande entre quem fornece e quem demanda. Queremos reunir estes dois mundos, fazer com que falem a mesma língua e encontrem a melhor parceria. Não basta sair à procura de softwares como num supermercado. É preciso saber para quê e como explorá-lo em sua totalidade”.

Categorias:Informação

Logística no e-commerce

A logística é uma questão chave para as lojas virtuais. Alternativas de gerenciamento de logística. Terceirzação da atividade logística. Fluxograma da atividade logística. e-Logística é um termo usado no comércio eletrônico. Ele pode ser definido como um componente essencial do e-commerce, compreendendo a totalidade da cadeia logística que pode ser composta de: * Recepção e condicionamento de produtos; * Estocagem; * Picking (deslocamento de produtos para a preparação do pedido); * Intervenção das transportadoras assumindo a entrega. Essas etapas devem ser inseridas em ferramentas de rastreamento dos pedidos, permitindo um melhor controle das diferentes operações, e dando aos clientes informações em tempo real da fase em que se encontra o produto adquirido. Alternativas de gerenciamento da logística Gerenciar sua própria logística x Delegar a atividade logística, utilizando plataformas logísticas externas. No início de atividade de uma loja virtual o volume de pedidos é normalmente baixo e é possível se gerenciar internamente a logística. À medida que se torna mais popular, a loja virtual passa a entregar um volume cada vez maior de pedidos. Nesses casos, a delegação da atividade logística passa a ser uma opção interessante. Terceirização da atividade logística implica em: * Dispor de uma interface de gestão da plataforma logística, o que significa que cada pedido feito no site será levado em conta. Apos o envio do pedido a loja virtual e o cliente poderão fazer o tracking do pedido, e a loja pode gerenciar o estoque de seus produtos. * A logística poderá fazer a recepção, o controle e o estoque dos produtos, além de fazer o picking, empacotar e enviar os pedidos aos clientes. * Fazer uma melhor gestão do retorno dos pedidos. Cada produto devolvido pode ser reintegrado ao estoque ou então descartado caso esteja em más condições. * Propor aos clientes vários tipos de entrega (Expressa, econômica…). Empresas de logística possuem freqüentemente parcerias com transportadoras, conseguindo melhores preços para as lojas virtuais. Atividade logística – fluxograma logistica Por que a logística é fundamental O custo de um serviço de logística pode ser bastante elevado, e ele deve ser levado em conta nos cálculos dos custos totais da loja para que seu crescimento seja sustentável. De qualquer maneira, ter uma boa e-logística – sendo ela interna ou com o auxílio de uma boa plataforma externa – é uma real vantagem concorrencial para fidelizar os clientes de sua loja virtual.

Fonte: Alexandra Gaspar

Categorias:Informação

Vodpod videos no longer available.

more about “Atlas Logística“, posted with vodpod
Categorias:Dicas Importantes

Características do Profissional de Logística

Além do conhecimento técnico em sua área de atuação, o profissional de logística deve ter algumas características adicionais para seu bom desempenho. Já se foi a época na qual o profissional ficava fechado dentro de um armazém, cuidando da captura de dados e lidando com pessoas com pouca formação.

A logística passou a representar um setor estratégico para muitas empresas, as quais estão investindo em uma melhor formação dos profissionais em todos os níveis da cadeia de suprimento.

Neste cenário, posso destacar as seguintes características como essenciais para o crescimento do profissional:

1) Liderança

O líder na logística passa a ter um papel de protagonista principal na organização. A cadeia de suprimento abrange, além dos setores internos de uma empresa, fornecedores, clientes e empresas terceirizadas. Nesta situação, o desenvolvimento da liderança é essencial para obter resultados da equipe. As equipes podem estar compostas de pessoas de diversos setores, formações e empresas, aumentando ainda mais a necessidade de uma liderança eficiente. Também associado à liderança está o bom relacionamento pessoal. Ao estar em contato com um enorme número de profissionais nos diversos pontos da cadeia, consegue-se aumentar a eficiência do trabalho tendo um bom relacionamento profissional com todos.

A liderança exercida deve motivar as equipes a obter mudanças organizacionais que levem a novos patamares de produtividade, custos e agilidade.

2) Visão Estratégica

Os custos logísticos representam cada vez mais um fator estratégico importante para as empresas. A logística já não é um setor operacional, e sim uma caminho para obter um diferencial competitivo nos negócios. O profissional deve se encaixar neste contexto, conhecendo o plano estratégico da organização e os objetivos associados a ele. Os objetivos e metas da logística devem estar alinhados com a estratégia da organização, e o mesmo ocorre com os objetivos individuais de cada profissional.

O profissional que possui uma visão estratégica identificará as oportunidades que sua organização deve aproveitar para alavancar o crescimento, assim como protegerá a empresa de ameaças à atuação eficiente na cadeia de suprimento.

3) Visão Globalizada

O movimento de materiais através de fronteiras cresce exponencialmente há muitos anos. Isto, aliado à velocidade e facilidade da comunicação global, cria novos desafios para o profissional da logística. Saber inglês não é um diferencial, é um requerimento mínimo. Conhecer de outros idiomas, entender e respeitar outras culturas, e acompanhar os acontecimentos mundiais são um diferencial para o desempenho do profissional nas cadeias de suprimento globais.

4) Conhecimento Gerencial e Organizacional

Os processos logísticos estão fortemente interligados com diversas outras áreas da empresa e com os processo da cadeia de suprimento. A otimização dos processos e a adequação do serviço pela logística a outros setores só ocorrerá com uma visão gerencial e organizacional ampla. Um processo pode parecer ótimo em uma visão limitada da logística, mas ao verificar os efeitos na cadeia como um todo, pode-se determinar que as alternativas seriam melhores. O profissional deve investir em um treinamento mais amplo do que apenas questões técnicas da logística, voltado a um conhecimento da organização com um todo e de ferramentas gerenciais modernas.

Além disso, passam a ser valorizados os profissionais que possuem uma formação em logística, mas tiveram a oportunidade de atuar em setores diferentes, adquirindo assim uma visão mais abrangente da realidade de uma organização.

5) Interesse Tecnológico

A presença da tecnologia nos processos da cadeia de suprimento está cada vez mais forte e também se tornou um diferencial competitivo para muitas empresas. Com ela se obtém uma produtividade nunca antes imaginada, obtendo a redução de custos, agilidade na movimentação de materiais, e informações estratégicas para a organização. O profissional inserido neste cenário não pode ficar atrás da tecnologia. Deve não só conhecer bem as ferramentas atuais de sua função, mas também conhecer outras opções e o que está sendo desenvolvido para o futuro. Desta forma, poderá procurar novas formas de usar a tecnologia para melhorar seu desempenho.

http://ogerente.com/logisticando/2006/10/20/caracteristicas-do-profissional-de-logistica/

Categorias:Gestão Etiquetas: